segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O amor... não se exaspera, não se ressente do mal; 1ª Coríntios 13.5




Quando penso nesse trecho do “caminho sobremodo excelente”, não posso deixar de lembrar como os tempos estão difíceis, 2ª Timóteo 3.1. Essa dificuldade penso, não é conseqüência dos problemas ambientais como o desmatamento de florestas, queimadas, aquecimento global, lixo tóxico. Ou a crise financeira na Europa. A verdadeira causa para tempos tão difíceis é o egoísmo. Que gera comportamentos que, destroem o meio ambiente, derruba o mercado financeiro e principalmente os relacionamentos humanos. E como sei disso? Basta ler a Bíblia em 2ª Timóteo 3.1-5, que descreve bem o procedimento dos últimos dias. Em seguida é observar as pessoas, em casa com a família, no trabalho com os colegas, na realização de negócios, no lazer e na igreja. É notável como podemos constatar a veracidade da Palavra de Deus. A descrição é perfeita! São pessoas que se caracterizam pelo declínio moral e espiritual.
Hoje paga-se qualquer preço com a finalidade de conquistar o poder, atingir o prazer, alcançar a fama. Muitos fazem “tudo por dinheiro”, basta dar apenas uma olhadinha nos reality shows.
Os filhos se rebelam contra seus pais como nunca se viu antes. E isso se dá cada vez mais cedo. A pornografia tem sido estimulada a qualquer hora, em qualquer lugar. Até mesmo nas escolas. Por que afirmo isso? O Ministério da Saúde em parceria com o Ministério da Educação estão promovendo um programa de prevenção e combate as doenças sexualmente transmissíveis (DST’S), AIDS e gravidez precoce. A estratégia utilizada é a distribuição de preservativos (“camisinha”) nas escolas, através da instalação de máquinas nas escolas de ensino médio. É claro que os responsáveis pelo programa alegam que as instituições precisam participar do Programa de Saúde e Prevenção nas escolas, que é responsável por capacitar educadores e estabelecer em seu currículo a educação sexual. Para aqueles que estão familiarizados com esses programas e projetos sabem muito bem como essas coisas são feitas e em que acabam.
A compaixão não é uma prática em nossos dias, as pessoas estão duras. Não afirmo isso por causa dos altos índices de violência que as estatísticas mostram. Basta olhar com atenção o que acontece no dia-a-dia. Nos hospitais pacientes sofrem, não é só porque faltam leitos, remédios, mas até os médicos são incapazes de levantar o rosto para olhar o paciente em uma consulta e ouvir com atenção o que ele tem a dizer. Aquele paciente é apenas mais um.
Não poderia deixar de comentar da religiosidade atual; aparenta Cristianismo, mas sua forma é exterior, ritualística, de palavras. Suas ações negam o poder transformador de caráter, que só o Espírito Santo pode operar.
Diante do exposto começo a compreender o porquê de nos exasperarmos (irritar sobremodo, enfurecer), com tanta facilidade. E também nos ressentimos (sentir novamente) do mal, com tanta facilidade. Não é por estarmos indignados diante da injustiça (respeito ao direito). É, sim, porque somos egoístas (Gr. Philautoi); “amadores de si mesmos”.
Ah! Mas aqueles que vivem o Cristianismo autêntico e que crêem no seu poder, cuja fonte é o Espírito Santo, têm como objetivo o prosseguir no “caminho sobremodo excelente”, mesmo não sendo fácil humanamente. Porque sua confiança está posta em Deus e na sua Palavra, que nos garante que por intermédio do Espírito Santo recebemos poder para fazer a vontade d’Ele e atingirmos, mas essa etapa do caminho, não nos exasperando, nem nos ressentindo do mal.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

“O amor... não procura os seus interesses,...” 1ª Coríntios 13. 5

E o que é procurar os seus interesses?
Podemos resumidamente dizer que o amor não é egoísta. E o egoísta é nada mais nada menos, aquele que pensa exclusivamente em si mesmo e... nos seus interesses.
Talvez pareça que estou sendo explicadinha demais, ou esteja subestimando o leitor, não se tratada disso. Apenas percebo que somos tão egoístas, que é preciso termos bem claro em nossa mente e nosso coração a compreensão exata do que é egoísmo, para percebermos com clareza se o gesto solidário é resultado do amor ou do egoísmo.
E por que isso?
Porque com freqüência somos enganados por nossos sentimentos. Confundimos-nos em nossas práticas, chegando mesmo a pensar que uma atitude generosa é fruto do amor que sentimos, quando na verdade é um martírio egoísta, e esse, não vale nada.
Por essa razão, penso que precisamos responder as seguintes perguntas: Com que intenção estou praticando este gesto generoso?
Quais interesses estou procurando satisfazer?
Se, com sinceridade, consigo responder a essas perguntas, vou identificar se de fato por amor ou por egoísmo meu gesto.
Mas, se ainda assim a dúvida permanecer, vai aí algumas situações nas quais podemos refletir e responder a fim de dissipa-lá.
Sou capaz de perdoar a ingratidão de um amigo, ou irmão, há quem muito ajudei?
E o que dizer dos meus pais, por seus erros do passado para comigo?
Sou capaz de pagar com o bem um prejuízo financeiro que alguém possa ter me causado?
Ou a maledicência de uma língua mentirosa que me difamou?
E o que dizer de um adultério praticado pelo cônjuge?
Sou capaz de cumprir a palavra dada a uma pessoa, mesmo em prejuízo próprio?
Quanto ao julgamento, as críticas, consigo me abster delas?
É muito fácil dar uma esmola, ajudar a quem sempre é generoso, tratar com carinho os pais bondosos, pagar bem com bem.
Mas,“o amor... não procura os seus interesses.”
Então, os interesses que o amor procura, são os dos outros?
Sim e não.
Sim porque irá sempre beneficiar o meu próximo. E não, porque os interesses que na realidade o amor procura, é, fazer a vontade do Pai (Deus). Qual não é a vontade do Pai, se não, o bem estar da humanidade? Mesmo que alguns não creiam nisso, e até mesmo, nem creiam em Deus. Mas isso, não vem ao caso.
O importante é compreendermos que o amor procura os interesses do Pai, a sua vontade, que é boa agradável e perfeita... Romano 12.2
E a vontade d’Ele é o amor incondicional. Que perdoa sempre, seja qual for a situação. E que não faz acepção de pessoa.
Que consigamos praticar a orientação dada pelo Pai, através do apóstolo Paulo, em Efésios 6.6 que diz: “não servindo à vista, para agradar a homens, mas como servos de Cristo, fazendo, de coração, a vontade de Deus.




terça-feira, 19 de julho de 2011

“O amor... não se conduz inconvenientemente...” 1ª Coríntios 13.5a

“O amor... não se conduz inconvenientemente...” 1ª Coríntios 13.5a
“Quem ama não é grosseiro...” 1ª Coríntios 13.5ª
“A caridade...não se porta com indecência...” 1ª Coríntios 13.5ª

Nunca foi tão difícil para eu escrever sobre um texto, como sobre o amor não ser inconveniente, ou como em outras traduções, grosseiro ou indecente. E pesquisando sobre o significado comum entre estas palavras encontrei a palavra, malcriado. Quem é o malcriado? É o mal educado. Assim concluo que o amor não é mal educado.
Quando nos dispomos a observar as pessoas a nossa volta constatamos que o número de mal educados é muito grande. Eles estão em todos os lugares, independente de classe social, do nível intelectual, e, diga-se de passagem, que grau de instrução não capacita uma pessoa a ser bem educada, da raça, do credo. A prova disso é que as encontramos inclusive nas igrejas de Jesus Cristo. Lá, então, é muito grande esse número. Mas não podemos nos esquecer que a igreja é lugar de salvação, cura, libertação e de aprender a ser bem educado.
A relação de comportamentos que demonstra está falta de educação é muito grande, e levaríamos muito tempo citando-a. Por essa razão elegi aquele que para mim é quase impossível de aturar, é o que mais me incomoda atualmente. Pois está sendo o mais freqüentemente praticado. É a imposição. Mas não qualquer tipo de imposição, mas a de idéias, conceitos, filosofias, teorias que são expostas como verdade absoluta, crenças. Para tal usam meios como: leis, projetos em escolas, e, entre outros, as mídias, principalmente a televisão, que é um veículo de comunicação de massa poderosíssimo.
É possível constatar através da programação de televisão que, esse veículo de comunicação não é democrático, para isso, basta-nos apenas assistir aos programas apresentados ao público com um olhar crítico. Basta apenas passear com o controle de emissora em emissora, para notar como quase todas elas estão expondo as mesmas idéias, filosofias, etc. Elas apenas mudam a roupagem, mas o que querem transmitir ao público é a mesma maneira de pensar. Um padrão único de pensamento. A fim de favorecer uma minoria em detrimento da maioria da sociedade.
Então aprendo que não sendo o amor inconveniente, descubro que o amor é educado, ou seja, gentil, delicado, amável, atencioso, prestativo, cortes, gracioso. E a característica do educado é o amor ao próximo. E quem ama a seu próximo o respeita, e não impõe a ele sua opinião, mesmo sabendo que com ele esteja a Verdade (Jesus) absoluta. Porque sabe que mais forte do que mil palavras jogadas ao vento, é à força do exemplo. Através de um estilo de vida que reflete o amor do Pai (Deus) para conosco. Foi Ele que por amor a nós deu o Seu melhor (Jesus), como sacrifício por nós, para alcançarmos a vida eterna. E Jesus seguindo o exemplo de amor do Pai se doou em nosso favor, a fim de sermos livres.
Que possamos, assim como Jesus Cristo, ser “imitadores de Deus, como filhos amados...” Efésios 5.1; nada impondo, mas atraindo para a Verdade todos aqueles que O quiserem.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

O amor... não se ufana, não se ensoberbece, 1ª Coríntios 13.4

Bem, às vezes encontramos nos textos bíblicos algumas palavras com as quais não estamos familiarizados; e, nos perguntamos o que significam. Temos uma decisão a tomar ou simplesmente prosseguimos lendo sem compreensão, ou, pegamos o dicionário para procurar o significado da palavra que não conhecemos. É interessante notar que geralmente optamos por não recorrer ao dicionário, afinal, temos que procurá-lo, porque nunca está num lugar acessível, e assim prosseguimos, sem entender de fato o que estamos lendo. Penso que de alguma maneira achamos que o Espírito Santo de Deus, de forma mágica nos revelará o significado do texto e por isso nos acomodamos e continuamos sem entender, apenas achamos isso ou aquilo. É nessa hora que me lembro do texto bíblico que diz: “O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento.” Oséias 4.6ª. E que conhecimento é esse? É a revelação da Palavra de Deus a cada um de nós, que se dá, quando compreendemos o que uma palavra quer dizer. E isso, exige trabalho, mesmo que seja o de apenas consultar o dicionário.
É o que pode vir a acontecer no texto de 1ª Coríntios 13.4, ali encontramos palavras que não são do nosso cotidiano, temos ufana e ensoberbece. E o que significa ufana? No dicionário aprendemos que é a mesma coisa que vaidade. Mas o que é mesmo vaidade? É querer me arrumar, ficar bonita (o), com belas roupas, jóias, cabelos tratados e penteados? É também isso se o desejo do coração é atrair de forma demasiada a admiração dos outros para mim. Como também é vaidade, não usar nenhuma maquiagem, usar roupas simplórias, ter um cabelo sem tratamento, sem corte, unhas sem cutilar, se o desejo no coração é a de atrair a admiração de outros de maneira que a (o) achem santa (o) e humilde.
E o que é ensoberbecer? Ah! Essa nos parece mais fácil, afinal nos remete a soberba e vamos a entender por dedução. No dicionário vamos encontrar que é o orgulho em demasia. E o que é o orgulho? É amor próprio, mas não qualquer amor próprio, como se isso fosse possível, é o amor próprio em demasia, exagerado, exacerbado. Como se fosse o soberbo o sol e as demais pessoas os planetas gravitando em torno dele.
Então significa que aquela pessoa que logo notamos por ter uma aparência altiva é um orgulhoso? Não, porque altivez muitas vezes demonstra dignidade, nobreza. Enquanto alguns de aparência humilde demonstram uma arrogância no seu trato. Assim como, aqueles de gestos largos e espontâneos, extrovertidos, falantes, necessariamente são vaidosos. Alguém que se esconde, seja de que maneira for que tem um comportamento introvertido pode de maneira inversa estar querendo chamar a atenção sobre si, “sem chamar a atenção”.
Mas não importa se é amar a si mesmo ou atrair atenção para si mesmo, demasiadamente. O que importa é que o amor não se porta de nenhuma dessas maneiras. Antes o que está no “caminho sobre modo excelente” tem como objetivo:
“... Amarás o Senhor, teu Deus de todo o teu coração, de toda tua alma e de todo teu entendimento.” Mateus 22.37
E ainda: “Convém que Ele cresça e que eu diminua.” João 3.30

segunda-feira, 18 de abril de 2011

“O amor... não arde em ciúmes” 1ª Coríntios 13.4

É interessante notar que a palavra ciúme no texto acima esta no plural, isso me chamou a atenção. E me perguntei: Por que ciúmes? À medida que procurava compreender, descobri que existem vários tipos de ciúmes.
Aprendi que ele pode ser legítimo, quando há uma razão justificada, a traição. E ilegítimo, quando não há traição. O ciúme acontece entre irmãos, pais e filhos, amigos e até colegas de trabalho. Quero esclarecer que não estou me referindo à inveja, quando cito colegas de trabalho, pois constatei que é comum confundir-se inveja a ciúme. O ciúme é o medo de perder alguma coisa ou alguém para outra pessoa. A inveja é desejar o que é do outro.
Ele, o ciúme, é um sentimento que independe de etnia, sexo, idade, porque é instintivo e está presente desde os primeiros dias de vida de uma pessoa.
Mais uma vez pude constatar que a Bíblia tem razão, não que eu duvidasse disso. Quando o Autor (Deus, o Pai) conhecedor de nossa natureza, por ter sido Ele mesmo, o Criador de todas as coisas, que se levantou de Seu trono, e nos formou com suas próprias mãos e soprou em nós o fôlego de vida, afirma ciúmes.
Sabedor da existência desse sentimento em nós, não nega-nos o direito de senti-lo, mas nos adverte para que o amor não arda em ciúmes. Significa não se inflamar, ou seja, que a pessoa não se consuma como que em chamas ou brasas.
Aqueles que conheceram casos ou vivenciaram situações em que o ciúme ardia, sabe que é consumido não só o que o sente, mas também, aquele que é o seu alvo.
O ciumento demonstra um comportamento doentio, obcecado, excessivo. Considera a todos como seu inimigo em potencial, acredita que o outro poderá lhe ser roubado a qualquer momento, em alguns casos acredita que o outro já lhe foi roubado, só não consegue provar. Vive em um estado constante de sofrimento procurando sinais da traição.
A pessoa que é o alvo do ciumento só tem valor se corresponder as suas expectativas e idealizações.
O ciumento exige ser ressarcido pelo sofrimento que imagina ter-lhe sido causado. Rumina cada palavra e atitude do outro a procura de provas da infidelidade, da traição. Enfim cerceia a liberdade daquele que diz amar.
O alvo desse amor doentio sente-se pressionado para receber aprovação, vive como que pisando em ovos, medindo a todo instante o que diz, o que faz, e até o que pensa. Tamanha pressão em que vive. Chegando mesmo a ter medo do que o ciumento possa pensar ou fazer. Ambos sofrem muito.
Vimos que o ciúme é medo, medo de perder e para isso encontramos a seguinte resposta na Bíblia, em 1ª João 4.18: “No amor não existe medo; antes o verdadeiro amor lança fora o medo. Ora o medo produz tormento; logo, o que teme não é aperfeiçoado no amor.”
Como conseguir ser aperfeiçoado no amor? Na mesma carta, 1ª de João 5.13-15 encontramos: “Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus.”
E esta é a confiança que temos para com ele: que se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve.
E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito.”

quarta-feira, 23 de março de 2011

“...O amor é...benigno;...” 1ª Coríntios 13.4



Quando comecei a me dedicar a compreender o significado da palavra benigno, a primeira definição que encontrei, foi a que diz que, é todo aquele que gosta de fazer o bem. Logo comecei a pensar naquelas pessoas que praticam a caridade com os desvalidos, são solidarias com as causas dos outros. Lembrei-me de movimentos como Fome Zero, Criança Esperança, Tele Tom e tantos outros de que temos conhecimento. E também daqueles praticados através de ONGs.
À medida que com diligência procurava o significado completo de benigno compreendi que seu sentido vai além dos atos de bondade que possamos praticar. É o caráter, a natureza do amor. Assim conclui que, o que anda no “caminho sobremodo excelente” tem a marca que o distingui, o ser benigno.
O benigno é gentil, bondoso, honesto, agradável, está sempre disposto a perdoar, compreender. Não se mostra inflexível, radical e exigente. Não paga o mal com o mal, antes ao mal ele retribui com o bem. Pois sua natureza não é má, mas boa.
Entendendo o que é ser benigno conclui que não são apenas atos de bondade praticados aqui e ali. Antes é sim um estilo de vida. Ou seja, um padrão pelo qual vivenciamos o mundo, nos comportamos, fazemos nossas escolhas.
Lembremo-nos de nosso cotidiano. Com que freqüência usamos a expressão, por favor, quando pedimos algo a alguém, mesmo sendo esse alguém nosso cônjuge, filhos, pais, irmãos? E o que dizer da palavra obrigada (o)? Tenho percebido que ela anda escassa. Comportamos-nos como se quem nos presta um favor é que devesse ser grata por estar prestando esse favor e não o contrário. E o que dizer de nosso comportamento nos transportes públicos? Estamos sentados entra uma pessoa idosa, ou alguém com uma criança de colo, disfarçamos lendo algo, dando a impressão que não notamos que estão ali. Alguns simplesmente fingem dormir, outros simplesmente ignoram. Porque afinal, existem lugares destinados a essas pessoas, e não temos culpa se já estão ocupados por outros nessa mesma situação, ou alguém que não se importa. É direito estarmos sentados ali, pois não estamos nos assentos reservados.
Quantos sorrisos temos dado? E quantos abraços têm sido trocados? Paramos para ouvir os que sofrem sem ter com quem falar? Temos sido sensíveis a dor do outro, ou estamos muito ocupados com nossos próprios problemas, que afinal são tantos, que não temos tempo para um simples gesto de bondade?
Tenhamos sempre na memória o versículo dezessete do capítulo onze de Provérbios que diz: “O homem bondoso faz bem a si mesmo...”

terça-feira, 8 de março de 2011

Abrindo um parêntese

“Do mesmo modo, mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido, a fim de que, se ele não obedece à palavra, seja ganho sem palavras, pelo procedimento de sua mulher, observando a conduta honesta e respeitosa de vocês.” 1ª Pedro 3. 1-2

Hoje é um dia especial para as mulheres do mundo todo; afinal comemoramos o Dia Internacional da Mulher. Uma pessoa que desde os primórdios da História da Humanidade, e para aqueles que assim como eu crêem na narrativa bíblica, após a queda do Homem no Éden, é tratada com desrespeito, não tendo reconhecido os seus direitos, sendo colocada como alguém de uma classe inferior, como se isso existisse. Não seria justo em pleno século XXI, depois de toda uma História da luta feminista por seus direitos, não ter uma data comemorativa como essa?
Somos mães, somos esposas, somos estudantes, somos educadoras, somos profissionais, administramos nossos lares. Estamos em todos os setores da sociedade, estamos também, no comando de algumas nações como o Brasil, e, inclusive nos púlpitos das igrejas. Como dizer que não é justo comemorarmos um dia tão especial como esse? Todos concordamos, é justíssimo.
Diante de tudo isso ao lermos esse versículo bíblico, parece nos ultrapassada à Bíblia. Um versículo que parece tentar calar nossa voz, que nos leva a pensar que Deus não é amor. Mas opressor, cruel, machista. Ou então, o autor não foi Deus. Afinal Deus é amor. E sendo assim, foi um homem se valendo da credulidade das pessoas, se passando por porta voz de Deus, com seu pensamento machista radical, que encontrou um meio para submeter às mulheres no mundo todo ao domínio dos homens.
Meditando por longos anos a respeito desse versículo, desde minha juventude, casada, mãe, professora e educada pelos padrões de pensamento do movimento feminista, briguei muito com o Autor (Deus) desse texto perguntando: Como poderia Ele, que é amor, nos submeter dessa maneira, sem falar, sem reivindicar. Submeter-nos a homens que nos maltratam, nos traem, agem muitas vezes com violência física e alguns chegam mesmo a matar mulheres mundo a fora? Como poderia Ele exigir algo tão sacrificial? Lembrando que, gostamos muito de falar; não é mesmo?
À medida que o tempo foi passando, lendo, relendo a Bíblia vivendo dia após dia a minha vida de mãe, esposa, educadora, mulher nascida no século XX e vivendo até agora 2011, fui compreendendo que não há maior poder que o poder que há nas mãos de uma mulher, o poder da influência.
Esse poder é tão grande, que é só olharmos para a sociedade hoje, e as mudanças ocorridas através das diversas mídias, principalmente a televisão. Ela fica ali parada respondendo a cada comando do controle remoto, mas quando consegue o direito de falar influência de maneira devastadora. Então você esta nos comparando a um objeto? Não! Respondo imediatamente. Sabemos que não é do objeto o poder, mas dos seres pensantes que se utilizam dele, de maneira silenciosa, falando quando lhe damos esse direito. E nós mulheres somos pensantes e inteligentes. Vejamos: se uma atriz começar a usar um arco no cabelo, mesmo sendo chamada de “Bela a Feia”, todas as mulheres passarão a usar também. Se a apresentadora de um programa tiver “uma produção independente”, é assim que se referem à gravidez em que o pai só participa como reprodutor sem direito na criação da criança e sua educação. Em seguida várias meninas aparecem grávidas, algumas sem nem mesmo saber quem é o pai da criança. Você acha que é exagero? Sou professora e tenho conhecimento das estatísticas a respeito desse assunto, porque nesse caso a escola é uma das primeiras instituições a sofrer com as conseqüências de atitudes como essas. Se a música sugere dançar “na boquinha da garrafa” até as crianças dançam aos aplausos de seus pais, eu vi isso. E depois não sabem o porquê de suas filhas se comportarem de maneira promíscua quando se tornam adolescentes.
Os governos e autoridades das nações conhecem tão bem esse poder que existem projetos educativos para a formação de alunos multiplicadores nas escolas. E o que é isso? Formar adolescentes e jovens com a finalidade de propagar opiniões, conceitos a outros sobre temas como ecologia, combate a dengue, sexualidade, etc.
E refletindo sobre essas coisas me dei conta que fui influenciada. pelo pensamento feminista e por isso questionei o Autor desse texto por muito tempo. A ponto de achá-lo um retaliado machista que queria me oprimir. TOLA QUE FUI! O Senhor criador de todas as coisas, inclusive do homem e da mulher e conhecedor absoluto de sua criação e de nossos mecanismos de comportamento, pensamento está apenas nos ensinando que foi dada a mulher um poder que pode mudar o mundo, o poder da influência. Começando no lar. A família é a célula da sociedade. Uma célula saudável (família) pode transmitir saúde a outras. Trabalho de formiguinha, mas que pode ganhar o mundo.
Visite a Bíblia hoje mulher, no seu dia. Você descobrirá mistérios que nem imagina riquezas insondáveis. Venha conhecer Débora, Abigail, Ruth, Noemi, Ester, Madalena, as várias Marias, Priscila, Lídia e a mulher virtuosa de Provérbios, capítulo trinta e um, do versículo dez ao trinta e um. Não sabemos quem era essa mulher, mas podemos afirmar que é também o retrato das mulheres dos nossos dias. Mas nesse texto da mulher virtuosa há mais um ensinamento. O segredo dela é o temor ao Senhor, que é a fonte de toda a sabedoria, como podemos ver em Salmos 111.10. Sejamos louvadas como a mulher virtuosa e ganhemos nossas famílias e o mundo para o Senhor Jesus.
PARABÉNS MULHERES PELO NOSSO DIA! Uhu!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

“O amor é paciente...” 1ª Coríntios 13.4



     Como foi difícil meditar nesse trecho do texto que nos apresenta “um caminho sobremodo excelente”, quando afirma que “o amor é paciente”. No entanto, para nós que escolhemos esse caminho é necessário que reflitamos sobre ele.
     A palavra do grego macrotumia, traduzida por paciente, etimologicamente significa adiamento da ira, cujo ímpeto e expressão foram adiados.
     Ao depararmos com esse significado, que é um dos trechos do “caminho sobremodo excelente”, fica difícil continuar, afinal fazemos parte de uma geração que tem como lema o refrão de uma das músicas de Geraldo Vandré que diz: “Vem vamos embora que esperar não é saber, quem sabe faz a hora não espera acontecer”. Com ele aprendemos que não é sábio ser pacientes e esperar. A partir desse princípio podemos concluir que ser sábio é estar em um engarrafamento e para sairmos dele podemos seguir fazendo ultrapassagens pelo acostamento, porque temos o direito de chegar ao local que nos dirigimos no horário, não importando se colocamos a vida de outros em risco, porque com essa atitude já demonstramos que não nos preocupamos com o risco que nossa própria vida corre numa situação como essa. É furarmos uma fila, nos aproveitando da oportunidade de conhecermos alguém que está próximo de ser atendido, não importando quanto tempo outros já estão ali esperando, porque estamos no nosso horário de almoço e temos o direito de voltar ao trabalho pontualmente. Poderíamos citar muitos outros exemplos em que podemos nos valer de nossos direitos para que não esperemos a hora, mas, a façamos acontecer.
     Talvez alguém diga: Ah! Você está exagerando! Tenho aprendido ao longo do tempo, que à medida que não aplicamos uma determinada virtude, no caso aqui, a paciência, para conquistarmos o que nos é de direito, sem nos apercebermos vamos deixando de aplicá-la inclusive no que não é de direito nosso.
     Paciente é aquele que tolera. Não apenas respeitando o direito que o outro tem de agir, pensar e sentir de modo diferente do nosso, quando não nos afeta. É ir além. É manifestar a qualidade do domínio próprio diante de uma provocação alheia, uma injúria, sem se vingar prontamente, subjugando a contenda. É também suportar as fragilidades do outro mesmo quando nos afeta. É o ser misericordioso quando por direito cabia uma retratação.
     Quando somos pacientes temos um amor incondicional a ponto de manifestarmos uma fé que aguarda por longo tempo ver os efeitos benéficos dessa paciência no outro.
     Diante desse ponto do trajeto de “um caminho sobremodo excelente” e toda a sua implicação concluo que: “Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto... pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço.
     Porque no tocante ao homem interior tenho prazer na lei de Deus; mas vejo nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros.
     Desventurado homem que sou! QUEM ME LIVRARÁ DO CORPO DESTA MORTE?
     Graças a Deus por JESUS CRISTO, nosso Senhor!... Romanos 7.15,18,19-25a
     Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte. Romanos 8.2

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

“E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres..."

“E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará.” 1ª Coríntios 13.3

Diante dos estragos causados pelas últimas chuvas no mês de janeiro desse ano na região serrana do estado do Rio de Janeiro, é impossível ligar a televisão e não se deparar com notícias a respeito do fato, e agora, principalmente, com os apelos para serem feitas doações aos desabrigados e também aos que mesmo não tendo perdido suas casas tiveram muitos prejuízos com a perda de utensílios domésticos, roupas ou estão isolados.
As campanhas de solidariedade são muitas e realmente precisam ser feitas, por que as necessidades naquela região são de proporções gigantescas.
Todas essas campanhas me depararam com o fato que sempre me chamou muita atenção, é o trabalho feito nas escolas e através da mídia ao longo dos anos, para a formação de uma consciência solidaria na população, independente da classe social. Inclusive uma emissora de televisão tem como slogan “Solidariedade a gente vê por aqui.”
Mas por que sempre me chamaram a atenção?
Observo que é durante campanhas massiças ou acontecimentos catastróficos que respostas solidarias são dadas. E no dia-a-dia, em que não há campanhas desse tipo, nem catástrofes, o que vemos?
Por exemplo, vemos o Hemorio pedindo “pelo amor de Deus” que alguém vá doar sangue, pois esse é um produto escasso nos hospitais e dele dependem vidas humanas. Vemos idosos, crianças, abandonados em asilos, orfanatos sem condições básicas para viverem, sem falar naqueles que moram nas ruas, debaixo de elevados e viadutos.
Grandes empresas pagam milhões para terem veiculado a mídia propagandas para divulgação de seus produtos, mas são incapazes de contribuir financeiramente adotando uma obra social. Bem, há aquelas que fazem sim, mas suas doações são abatidas do imposto de renda. Ou fazem quando por esse meio seu produto é promovido. Afinal nada mais justo, eles não tem obrigação de fazer isso, “é de responsabilidade dos governantes”, cabe a eles criarem medidas de políticas públicas para a melhoria da qualidade de vida da população, os empresário já pagam seus impostos que são caríssimos e dão trabalho a muitas pessoas. Esquecemo-nos e alguns nem conhecem a Palavra de Deus (Bíblia), que nos ensina no livro de Mateus no capítulo seis do versículo dois ao versículo quatro, que não devemos fazer conhecido publicamente nossas esmolas (doações), porque o Pai nos recompensará.
E nós “simples mortais” o que estamos fazendo? Respondemos que a vida já está tão difícil, trabalhamos duramente para ganhar tão pouco. Já pagamos tantas taxas elevadas e como se não bastasse assalariados chegam a pagar o imposto de renda. E como aqueles empresários, alegamos que “a responsabilidade é dos nossos governantes”.
Lendo o texto de primeira Coríntios capítulo treze, versículo três e pensando sobre a consciência solidária e a pratica das boas ações, comecei a me perguntar quais são os verdadeiros motivos que levam as pessoas a responderem imediatamente as grandes campanhas de solidariedade em meio as catástrofes?
Surpreendi-me quando em meio aos meus pensamentos imediatamente respondi não é o amor ao próximo. Como posso pensar assim?
Quando diminuem os apelos na mídia as necessidades são esquecidas. E na nossa vida diária não nos lembramos dos necessitados.
Não damos um “pulinho” no Hemorio para doar sangue, a não ser que queiramos ser dispensados do nosso trabalho nesse dia. Passamos pelas ruas cheias de pessoas necessitadas, mas logo justificamos o nosso descaso com julgamentos do tipo: “Esse é um preguiço, um alcoólatra, drogado. Procurou para si essa vida”, “Esse menino deve ser um “trombadinha” e vai querer me assaltar”. Sabemos sim, que muitos estão colhendo daquilo que eles mesmos plantaram e, há crianças que já cometeram diversos delitos, inclusive assassinatos. Mas como temos aprendido sobre “um caminho sobre modo excelente” que é o amor incondicional, que não é filantropia, nem piegas. Mas um amor que arde em graça, compaixão, misericórdia com aqueles que estão sofrendo, seja isso resultado de suas más ações ou não, que o desejo deve ser ardente em ver o bem estar, a recuperação, a felicidade do outro.
Minha pergunta continua... Qual o verdadeiro motivo para os gestos solidários a essas campanhas se não é uma prática?
O medo de acontecer o mesmo consigo? A lembrança do provérbio “Quem dá aos pobres empresta a Deus”?
David H. Stern em seu livro Comentário Judaico do Novo Testamento escreveu: “Boas obras, embora sejam sempre de grande valor aos seus beneficiários, terão valor aos que as fazem apenas se brotarem do amor que procede do poder do Espírito que atua em nós.” *, (grifo do autor).
Novamente pergunto: O que nos motivas a esses rasgos de solidariedade?


*Comentário Judaico do Novo Testamento/ David H. Stern - São Paulo: Didática Paulista; Belo Horizonte: Editora Atos, 2008

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

“... ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes,..."

“... ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei.” 1ª Coríntios 13.2

Estive as voltas algum tempo refletindo sobre a fé que remove montes e sua relação com o amor, porque o texto afirma que uma sem o outro não tem nenhum valor, que nada é.
E, foi surpreendente para mim como algo tão extraordinário como falar ao monte com fé, a ponto de vê-lo ser transportado, removido, de um lugar a outro, não ter a menor importância quando não estamos pelo “caminho sobremodo excelente”. Porque para nós, quando estamos diante de um monte, ou seja, problema, porque é esse o sentido figurado de monte. E, conseguimos que ele seja removido, tenha fim, é um alívio. Não só isso, mas significa a própria felicidade. Afinal, o que estaremos presenciando é o que chamamos milagre. E todo milagre é espetacular, é fantástico, é incrível, é um “show”.
Durante essas reflexões, cheguei a pensar que o Autor estivesse se referindo aos “super-crentes”, aqueles que por meio da fé alcançaram algum milagre, ou alguns milagres. E por essa razão, se tornam pessoas orgulhosas e arrogantes que passam a fazer julgamento de outros que assim como eles confessam Jesus como Salvador, mas ainda vivem circunstâncias difíceis, montes que ainda não foram removidos, dizendo que são fracos na fé, ou que estão em pecado.
Talvez você pergunte: Será possível que mesmo tendo passado por alguma dificuldade, ou dor, a pessoa não se sensibilize com a dor do que sofre? Ou, ainda em nossos dias ainda existam amigos como os de Jó? Eu respondo, como alguém que já passou por situação semelhante: é claro que sim!
No entanto continuava a indagação se seria realmente isso a que se referia o texto. Meditando me lembrei do evangelho de Marcos capítulo onze, versículo vinte três, onde Jesus ensina sobre fé, falar ao monte e vê-lo ser removido. Ao ler e prosseguindo na leitura me deparei com o versículo vinte e cinco de Marcos onze, onde continuando a ensinar, Jesus diz que quando estivermos orando... E qual é o momento em que falamos ao momento, senão aquele em que estamos orando? Se tiver algo contra uma pessoa Ele diz: perdoai. Pois à medida que perdoamos somos perdoados. É interessante notar que Jesus não colocou o perdoai como condicional para a remoção do monte e sim para recebermos o perdão do Pai. Mas alguns vão afirmar que se está subentendido no contexto, eu continuo afirmando que se lermos a partir do versículo vinte do mesmo capítulo veremos que as condições para a remoção do monte são: ter fé em Deus, falar ao monte, não duvidar no coração, crer que se fará o que se diz. Sendo que Ele faz um lembrete sim, quando ensina que ao orar devemos perdoar, o mesmo que está em 1ª Coríntios 13.2, que posso até alcançar o milagre, mas... Se não tiver amor... E o que é o perdão, se não uma atitude de amor? E Lembrando apenas que, assim como o amor de 1ª Coríntios 13. 1-13 é incondicional, assim também o perdão.
Logo mesmo alcançando o milagre se não perdoar, não tiver amor, “nada serei”.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

“... e conheça todos os mistérios e toda a ciência;...

“... e conheça todos os mistérios e toda a ciência;... se não tiver amor, nada serei. 1ª Coríntios 13.2

É interessante notar como nos últimos anos coisas que eram misteriosas para os homens foram sendo desvendadas. Resultados de exaustivas pesquisas científicas, que promoveram o avanço da ciência. Os conhecimentos científicos tem sido acessível a muitos.
Mas o texto de 1ª Coríntios, bem sabe, não está se referindo aos segredos e conhecimentos seculares, não. O autor aqui se refere aos mistérios, segredos e ciência, conhecimento de Deus. E esses mistérios que estiveram encobertos, tem sido desvendados pelo Espírito Santo, aumentando o conhecimento do homem à luz da Palavra de Deus (Bíblia Sagrada). Penso que nunca tivemos tantos estudiosos a esse respeito como nesses últimos tempos. De maneira brilhante defendem teses teológicas.
Hoje são muitos os seminários teológicos, os congressos, as faculdades de teologia. Os títulos se acumulam, tais como os de bacharel, mestre, doutor, doutor em divindade.
Para se subir ao púlpito e ser realmente respeitado é necessário uma graduação acadêmica, seja ela teológica ou não.
Talvez alguns, diante do que está sendo escrito, já estejam se perguntando em tom de crítica: Você é contra o conhecimento, o estudar, a instrução? Logo respondo: É claro que não!
O que de fato se quer dizer é: podemos constatar que à medida que aumenta o conhecimento, aumenta à vaidade, o orgulho, a soberba daqueles que detém o conhecimento.
É possível observar o comportamento dessas pessoas diante dos simples. Subestimam, desdenham, não consideram o que eles falam, ou melhor, não ouvem o que eles dizem. São pessoas que só reconhecem como sábios os teólogos eruditos. Fazem inclusive estudos exaustivos sobre o amor de Deus. Mas o que de fato conhecem sobre esse tema? Se teoricamente dizem conhecer, mas o que vemos, é que não vivem.
De que vale tanto conhecimento? De que valem o desvendar todos os mistérios, se o resultado é a exclusão dos simples?
Aonde esta o AMOR? Esse AMOR que respeita o outro ouve o outro, inclui o outro, aprende com o outro. Mesmo que esse outro seja muito simples.
É na Bíblia Sagrada, a mesma Bíblia Sagrada que os teólogos estudam e pesquisam exaustivamente, que vamos encontrar um sábio, que mesmo sábio, provavelmente por isso tão sábio, não subestimou a sabedoria que há nas coisas aparentemente sem valor, e símplices. Vamos encontrá-lo em Provérbios, no capítulo trinta descrevendo nos versículos de vinte e cinco a vinte e oito, o que aprendeu com as formigas, para isso é preciso se abaixar, a final são tão minúsculas; com os coelhos, os gafanhotos e as aranhas, em algumas traduções, lagartixas. É surpreendente como aprendemos com eles.
Não adianta conhecer “todos os mistérios e toda a ciência”, se não estou seguindo o “caminho sobremodo excelente”, que é o amor que inclui,valoriza, “considera os outros superiores a si mesmo” Filipenses 2.3b.
Por sem esse amor, mesmo tendo todos os títulos teológicos que as academias podem oferecer “nada serei”.
Afinal todos os livros, certificados, diplomas, as traças corroem.