quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

“O amor é paciente...” 1ª Coríntios 13.4



     Como foi difícil meditar nesse trecho do texto que nos apresenta “um caminho sobremodo excelente”, quando afirma que “o amor é paciente”. No entanto, para nós que escolhemos esse caminho é necessário que reflitamos sobre ele.
     A palavra do grego macrotumia, traduzida por paciente, etimologicamente significa adiamento da ira, cujo ímpeto e expressão foram adiados.
     Ao depararmos com esse significado, que é um dos trechos do “caminho sobremodo excelente”, fica difícil continuar, afinal fazemos parte de uma geração que tem como lema o refrão de uma das músicas de Geraldo Vandré que diz: “Vem vamos embora que esperar não é saber, quem sabe faz a hora não espera acontecer”. Com ele aprendemos que não é sábio ser pacientes e esperar. A partir desse princípio podemos concluir que ser sábio é estar em um engarrafamento e para sairmos dele podemos seguir fazendo ultrapassagens pelo acostamento, porque temos o direito de chegar ao local que nos dirigimos no horário, não importando se colocamos a vida de outros em risco, porque com essa atitude já demonstramos que não nos preocupamos com o risco que nossa própria vida corre numa situação como essa. É furarmos uma fila, nos aproveitando da oportunidade de conhecermos alguém que está próximo de ser atendido, não importando quanto tempo outros já estão ali esperando, porque estamos no nosso horário de almoço e temos o direito de voltar ao trabalho pontualmente. Poderíamos citar muitos outros exemplos em que podemos nos valer de nossos direitos para que não esperemos a hora, mas, a façamos acontecer.
     Talvez alguém diga: Ah! Você está exagerando! Tenho aprendido ao longo do tempo, que à medida que não aplicamos uma determinada virtude, no caso aqui, a paciência, para conquistarmos o que nos é de direito, sem nos apercebermos vamos deixando de aplicá-la inclusive no que não é de direito nosso.
     Paciente é aquele que tolera. Não apenas respeitando o direito que o outro tem de agir, pensar e sentir de modo diferente do nosso, quando não nos afeta. É ir além. É manifestar a qualidade do domínio próprio diante de uma provocação alheia, uma injúria, sem se vingar prontamente, subjugando a contenda. É também suportar as fragilidades do outro mesmo quando nos afeta. É o ser misericordioso quando por direito cabia uma retratação.
     Quando somos pacientes temos um amor incondicional a ponto de manifestarmos uma fé que aguarda por longo tempo ver os efeitos benéficos dessa paciência no outro.
     Diante desse ponto do trajeto de “um caminho sobremodo excelente” e toda a sua implicação concluo que: “Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto... pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço.
     Porque no tocante ao homem interior tenho prazer na lei de Deus; mas vejo nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros.
     Desventurado homem que sou! QUEM ME LIVRARÁ DO CORPO DESTA MORTE?
     Graças a Deus por JESUS CRISTO, nosso Senhor!... Romanos 7.15,18,19-25a
     Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte. Romanos 8.2

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