quarta-feira, 23 de março de 2011

“...O amor é...benigno;...” 1ª Coríntios 13.4



Quando comecei a me dedicar a compreender o significado da palavra benigno, a primeira definição que encontrei, foi a que diz que, é todo aquele que gosta de fazer o bem. Logo comecei a pensar naquelas pessoas que praticam a caridade com os desvalidos, são solidarias com as causas dos outros. Lembrei-me de movimentos como Fome Zero, Criança Esperança, Tele Tom e tantos outros de que temos conhecimento. E também daqueles praticados através de ONGs.
À medida que com diligência procurava o significado completo de benigno compreendi que seu sentido vai além dos atos de bondade que possamos praticar. É o caráter, a natureza do amor. Assim conclui que, o que anda no “caminho sobremodo excelente” tem a marca que o distingui, o ser benigno.
O benigno é gentil, bondoso, honesto, agradável, está sempre disposto a perdoar, compreender. Não se mostra inflexível, radical e exigente. Não paga o mal com o mal, antes ao mal ele retribui com o bem. Pois sua natureza não é má, mas boa.
Entendendo o que é ser benigno conclui que não são apenas atos de bondade praticados aqui e ali. Antes é sim um estilo de vida. Ou seja, um padrão pelo qual vivenciamos o mundo, nos comportamos, fazemos nossas escolhas.
Lembremo-nos de nosso cotidiano. Com que freqüência usamos a expressão, por favor, quando pedimos algo a alguém, mesmo sendo esse alguém nosso cônjuge, filhos, pais, irmãos? E o que dizer da palavra obrigada (o)? Tenho percebido que ela anda escassa. Comportamos-nos como se quem nos presta um favor é que devesse ser grata por estar prestando esse favor e não o contrário. E o que dizer de nosso comportamento nos transportes públicos? Estamos sentados entra uma pessoa idosa, ou alguém com uma criança de colo, disfarçamos lendo algo, dando a impressão que não notamos que estão ali. Alguns simplesmente fingem dormir, outros simplesmente ignoram. Porque afinal, existem lugares destinados a essas pessoas, e não temos culpa se já estão ocupados por outros nessa mesma situação, ou alguém que não se importa. É direito estarmos sentados ali, pois não estamos nos assentos reservados.
Quantos sorrisos temos dado? E quantos abraços têm sido trocados? Paramos para ouvir os que sofrem sem ter com quem falar? Temos sido sensíveis a dor do outro, ou estamos muito ocupados com nossos próprios problemas, que afinal são tantos, que não temos tempo para um simples gesto de bondade?
Tenhamos sempre na memória o versículo dezessete do capítulo onze de Provérbios que diz: “O homem bondoso faz bem a si mesmo...”

Nenhum comentário:

Postar um comentário