segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

“Ainda que eu tenha o dom de profetizar...”

 Ainda que eu tenha o dom de profetizar... se não tiver amor nada serei. 1ª Coríntios 13.2


Desde as últimas eleições no Brasil, não se fala tanto em aborto como temos ouvido até agora.
Mas o que é aborto?
Para a medicina e essa tem sido a discussão, é eliminar prematuramente do útero produto da concepção, de acordo o dicionário. Mas, não para por aí, significa também frustrar, inutilizar, não ir avante, cancelar antes a execução de sua conclusão normal.
Ao continuarmos refletindo sobre “o caminho sobremodo excelente” percebemos que o Autor (Espírito Santo) prossegue falando de algo que envolve a fala. Agora, Ele se refere a profetizar.
Entendemos que profetizar de acordo com a palavra de Deus (Bíblia), é o dom de anunciar mensagens de Deus, não primeiramente para dizer como será o futuro, mas para fortalecer a fé em Cristo, edificar o indivíduo, a congregação. Mensagens que são espontâneas impulsionadas pelo Espírito Santo. Mas notamos que novamente Ele nos adverte que se não estivermos seguindo pelo caminho que sabemos ser o amor, nada seremos.
Refletindo sobre essa questão notei que pela segunda vez Ele cita dons que se referem à fala, e, são os primeiros a serem citados. Concluo que a fala é algo fundamental em nossas vidas. Descobri em seguida que as palavras têm o poder de dar vida ou de tirar vida, a palavra "mata" (Provérbios 18.21).
Seguindo esse raciocínio compreendi que o que dizemos tem poder de abortar, eliminando prematuramente a vida. Por que só há aborto quando algo ou alguém está sendo gerado. Percebo então, que mesmo tendo o dom de anunciar a mensagem de Deus, se não tiver amor, não serei nada.
O que importa profetizar e em seguida essa mesma boca se enche de morte e diz palavras que matam, abortam?
Quantos de nós arvoramos ser seguidores de Jesus Cristo e profetas, mensageiros de Deus para os últimos dias, e estamos com nossa boca matando, abortando sonhos. Chamando quem sonha de sonhador, dizendo que é impossível o sonho acontecer, “ é preciso ser realista e colocar os pés no chão”, “ Deus faz, mas...” E o que é dito ao que deu início a um projeto. Chamam-no de louco, “a economia mundial está um caos”, “isso não vai dar certo”, “já tem muita gente fazendo a mesma coisa, você vai ser mais um”.
 E a mãe ou o pai que falam aos filhos palavras como: “você é um burro”, “pau que nasce torto permanece torto”, “você é igualzinho ao seu pai”, “não presta, é muito preguiçoso (a)”. Qual será o futuro dessa criança? Que imagem terá de si mesma?
Como entender pessoas que se casam dizendo amarem-se, mas ao surgirem às dificuldades de relacionamento, em virtude de um ajuste natural, por serem ambos diferentes por causa da educação que receberam, trocam insultos entre si a ponto da mágoa enraizar-se de maneira tão profunda que parece impossível aos olhos naturais arrancar.
E podemos incluir uma das mais vis que é a difamação. São comentários maliciosos, de má fama, a que chamamos fofoca. Começa geralmente entre duas pessoas, a que ouviu tem outro amigo e conta, e esse conta para outro, até que todos que fazem parte daquele círculo seja ele familiar, profissional, congregacional, tomem conhecimento e haja um grande incêndio na vida do que foi difamado. Uma fagulha pôs fogo a uma floresta. Assim pode ser cancelado o sucesso de alguém.
Logo compreendo que não adianta ser um mensageiro de Deus, falar em nome de Deus, se essa mesma boca se tornar veículo de maldição, como calúnia, fofoca, assédio...


Com a língua bendizemos ao Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus.Da mesma boca procedem bênção e maldição. Meus irmãos, não pode ser assim!
Tiago 3.9 e 10

                                                                                                               Ligia Lopes