quarta-feira, 11 de maio de 2011

O amor... não se ufana, não se ensoberbece, 1ª Coríntios 13.4

Bem, às vezes encontramos nos textos bíblicos algumas palavras com as quais não estamos familiarizados; e, nos perguntamos o que significam. Temos uma decisão a tomar ou simplesmente prosseguimos lendo sem compreensão, ou, pegamos o dicionário para procurar o significado da palavra que não conhecemos. É interessante notar que geralmente optamos por não recorrer ao dicionário, afinal, temos que procurá-lo, porque nunca está num lugar acessível, e assim prosseguimos, sem entender de fato o que estamos lendo. Penso que de alguma maneira achamos que o Espírito Santo de Deus, de forma mágica nos revelará o significado do texto e por isso nos acomodamos e continuamos sem entender, apenas achamos isso ou aquilo. É nessa hora que me lembro do texto bíblico que diz: “O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento.” Oséias 4.6ª. E que conhecimento é esse? É a revelação da Palavra de Deus a cada um de nós, que se dá, quando compreendemos o que uma palavra quer dizer. E isso, exige trabalho, mesmo que seja o de apenas consultar o dicionário.
É o que pode vir a acontecer no texto de 1ª Coríntios 13.4, ali encontramos palavras que não são do nosso cotidiano, temos ufana e ensoberbece. E o que significa ufana? No dicionário aprendemos que é a mesma coisa que vaidade. Mas o que é mesmo vaidade? É querer me arrumar, ficar bonita (o), com belas roupas, jóias, cabelos tratados e penteados? É também isso se o desejo do coração é atrair de forma demasiada a admiração dos outros para mim. Como também é vaidade, não usar nenhuma maquiagem, usar roupas simplórias, ter um cabelo sem tratamento, sem corte, unhas sem cutilar, se o desejo no coração é a de atrair a admiração de outros de maneira que a (o) achem santa (o) e humilde.
E o que é ensoberbecer? Ah! Essa nos parece mais fácil, afinal nos remete a soberba e vamos a entender por dedução. No dicionário vamos encontrar que é o orgulho em demasia. E o que é o orgulho? É amor próprio, mas não qualquer amor próprio, como se isso fosse possível, é o amor próprio em demasia, exagerado, exacerbado. Como se fosse o soberbo o sol e as demais pessoas os planetas gravitando em torno dele.
Então significa que aquela pessoa que logo notamos por ter uma aparência altiva é um orgulhoso? Não, porque altivez muitas vezes demonstra dignidade, nobreza. Enquanto alguns de aparência humilde demonstram uma arrogância no seu trato. Assim como, aqueles de gestos largos e espontâneos, extrovertidos, falantes, necessariamente são vaidosos. Alguém que se esconde, seja de que maneira for que tem um comportamento introvertido pode de maneira inversa estar querendo chamar a atenção sobre si, “sem chamar a atenção”.
Mas não importa se é amar a si mesmo ou atrair atenção para si mesmo, demasiadamente. O que importa é que o amor não se porta de nenhuma dessas maneiras. Antes o que está no “caminho sobre modo excelente” tem como objetivo:
“... Amarás o Senhor, teu Deus de todo o teu coração, de toda tua alma e de todo teu entendimento.” Mateus 22.37
E ainda: “Convém que Ele cresça e que eu diminua.” João 3.30