segunda-feira, 18 de abril de 2011

“O amor... não arde em ciúmes” 1ª Coríntios 13.4

É interessante notar que a palavra ciúme no texto acima esta no plural, isso me chamou a atenção. E me perguntei: Por que ciúmes? À medida que procurava compreender, descobri que existem vários tipos de ciúmes.
Aprendi que ele pode ser legítimo, quando há uma razão justificada, a traição. E ilegítimo, quando não há traição. O ciúme acontece entre irmãos, pais e filhos, amigos e até colegas de trabalho. Quero esclarecer que não estou me referindo à inveja, quando cito colegas de trabalho, pois constatei que é comum confundir-se inveja a ciúme. O ciúme é o medo de perder alguma coisa ou alguém para outra pessoa. A inveja é desejar o que é do outro.
Ele, o ciúme, é um sentimento que independe de etnia, sexo, idade, porque é instintivo e está presente desde os primeiros dias de vida de uma pessoa.
Mais uma vez pude constatar que a Bíblia tem razão, não que eu duvidasse disso. Quando o Autor (Deus, o Pai) conhecedor de nossa natureza, por ter sido Ele mesmo, o Criador de todas as coisas, que se levantou de Seu trono, e nos formou com suas próprias mãos e soprou em nós o fôlego de vida, afirma ciúmes.
Sabedor da existência desse sentimento em nós, não nega-nos o direito de senti-lo, mas nos adverte para que o amor não arda em ciúmes. Significa não se inflamar, ou seja, que a pessoa não se consuma como que em chamas ou brasas.
Aqueles que conheceram casos ou vivenciaram situações em que o ciúme ardia, sabe que é consumido não só o que o sente, mas também, aquele que é o seu alvo.
O ciumento demonstra um comportamento doentio, obcecado, excessivo. Considera a todos como seu inimigo em potencial, acredita que o outro poderá lhe ser roubado a qualquer momento, em alguns casos acredita que o outro já lhe foi roubado, só não consegue provar. Vive em um estado constante de sofrimento procurando sinais da traição.
A pessoa que é o alvo do ciumento só tem valor se corresponder as suas expectativas e idealizações.
O ciumento exige ser ressarcido pelo sofrimento que imagina ter-lhe sido causado. Rumina cada palavra e atitude do outro a procura de provas da infidelidade, da traição. Enfim cerceia a liberdade daquele que diz amar.
O alvo desse amor doentio sente-se pressionado para receber aprovação, vive como que pisando em ovos, medindo a todo instante o que diz, o que faz, e até o que pensa. Tamanha pressão em que vive. Chegando mesmo a ter medo do que o ciumento possa pensar ou fazer. Ambos sofrem muito.
Vimos que o ciúme é medo, medo de perder e para isso encontramos a seguinte resposta na Bíblia, em 1ª João 4.18: “No amor não existe medo; antes o verdadeiro amor lança fora o medo. Ora o medo produz tormento; logo, o que teme não é aperfeiçoado no amor.”
Como conseguir ser aperfeiçoado no amor? Na mesma carta, 1ª de João 5.13-15 encontramos: “Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus.”
E esta é a confiança que temos para com ele: que se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve.
E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito.”